tag:blogger.com,1999:blog-6873968120947831022.post5001664990620453238..comments2023-09-29T05:59:21.679-07:00Comments on Poetando- Haikais: Haikairegina ragazzihttp://www.blogger.com/profile/08481754731700766020noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-6873968120947831022.post-82741106547887440922013-07-19T22:11:07.954-07:002013-07-19T22:11:07.954-07:00Ave azul
que planta no céu azul
a semente encantad...Ave azul<br />que planta no céu azul<br />a semente encantada<br />que foi cortada pelo coração<br />amolado dos homens<br /><br /> Luiz Alfredo - poetaLuiz Alfredo Nunes de Melohttps://www.blogger.com/profile/17095737358504942058noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6873968120947831022.post-84810996169271573392013-06-03T09:23:13.641-07:002013-06-03T09:23:13.641-07:00
Trecho de um conto sobre a Gralha Azul que encont...<br />Trecho de um conto sobre a Gralha Azul que encontrei no saite: http://www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/3contos/gralha.html<br />Pesadelo: “Revi-me de arma em punho, pronto para fazer fogo. Quando o fiz, iluminou-se o alvo e, aberta as asas brilhantes, o peito a sangrar, veio ele de manso, se achegando a mim. Os pés franzinos evitavam os sapés esparsos pelo chão e o andar esbelto tinha qualquer coisa de divino. Dardejante o seu olhar, estremeci ante aquela figura de ave e deixei cair a arma. Estático já, estarreci ao ouvir os sonoros e compreensíveis sons que aquele delicado bico soltava naturalmente. Dizia a gralha: “És um assassino! Tuas leis não te proíbem matar um homem? E quem faz mais do que um homem não vale pelo menos tanto quanto ele? Eu, como humilde avezinha, entoando a minha tagarelice selvagem como o marinheiro entoa o seu canto de animação na véspera de praticar seus feitos, faço elevar-se toda essa floresta de pinheiros; bordo a beira das matas com o verdor dessas viçosas árvores de ereção perfeita; multiplico, à medida de minhas forças, o madeiro providencial que te serve de teto, que te dá o verde das invernadas, que te engorda o porco, que te locomove dando o nó de pinho para substituir o carvão-de-pedra nas vias férreas. E ignoras como eu opero!... Vem. Acompanha-me ao local onde me interrompeste o trabalho, para aprenderes o meu doce mister. Vês? Ali está a cova que eu fazia e, além, o pinhão já sem cabeça, que eu devia nela depositar com a extremidade mais fina para cima. Tiro-lhe a cabeça porque ela apodrece ao contato da terra e arrasta à podridão o fruto todo, e planto-o de bico para cima a fim de favorecer o broto. Vai. Não sejas mais assassino. Esforça-te, antes, por compartilhar comigo nesta suave labuta.” A gralha desapareceu e eu voltei à razão. Levantei-me a custo e fui ter ao local escavado pelas aves, uma das quais jazia com o peito manchado de sangue, ao lado de um pinhão já sem cabeça. Admirado, verifiquei a certeza da visão: mais adiante cavouquei com as mãos a terra revolvida de fresco e descobri um pinhão com a ponta para cima e sem cabeça. O José Fernandes fez uma pausa e depois concluiu, mal encobrindo a sua alegria: - Aí está, caro Fidêncio, como vim a ser um plantador de pinheiros. Quero valer mais que um homem: quero valer uma gralha azul!”JAIRCLOPEShttps://www.blogger.com/profile/10341976770657083126noreply@blogger.com